Consolidação de ruínas e construção de Habitação Unifamiliar na Quinta dos Floreados
Santo Varão . Montemor-o-Velho
Santo Varão . Montemor-o-Velho
A Quinta dos Floreados localiza-se no Largo da Capela da Nossa Senhora da Tocha e do Pelourinho em Santo Varão, no Concelho de Montemor-o-Velho.
A intervenção nasceu a partir desta ruína, reinterpreetando-a, como material disponível e aberto ao lugar. A proposta é contaminada por uma unidade maior, dirigida pela ruína enquanto obra natural encaixada na morfologia do terreno, onde parecem ter nascido para estarem, assim, juntas desde sempre em equilíbrio.
Conservaram-se e consolidaram-se as paredes da ruína e restauraram-se as frontarias das janelas existentes, usaram-se os rebocos tradicionais com pintura à base de cal, diferenciando a matéria histórica da nova construção – com sistemas construtivos mais leves no interior da ruína (perfis de ferro e inox) e nos seus corpos salientes em betão armado, rebocados e pintados a branco.
A matéria sobrante da ruína foi reutilizada no muro de transição de cotas e de funções.
O objectivo não é restituir o mais fielmente possível aquilo que a ruína fora no passado, propõem-se antes, desafiar o mito romântico das ruínas e imaginar a Arquitectura a partir delas. Criar um diálogo, aparentemente, de contraste entre o antigo e o novo, sem concessões figurativas e portanto sem cair na tentação dos mimetismos da recuperação da sua forma original.
A proposta assenta num compromisso de construir nos vazios (dentro e fora da ruína), corpos de formas elementares e abstractas, desenhando um E com três braços articulados entre si, onde se ajustam as diversas funções. Assim, temos dentro da ruína a zona destinada a Comer e a Descansar e “fora” da ruína, lateralmente e em extensão, os "braços" destinados ao Trabalho de um lado, à Recepção e Serviços do outro e no meio o Estar, numa simbiose em que o dentro está fora e o fora está dentro.
A intervenção nasceu a partir desta ruína, reinterpreetando-a, como material disponível e aberto ao lugar. A proposta é contaminada por uma unidade maior, dirigida pela ruína enquanto obra natural encaixada na morfologia do terreno, onde parecem ter nascido para estarem, assim, juntas desde sempre em equilíbrio.
Conservaram-se e consolidaram-se as paredes da ruína e restauraram-se as frontarias das janelas existentes, usaram-se os rebocos tradicionais com pintura à base de cal, diferenciando a matéria histórica da nova construção – com sistemas construtivos mais leves no interior da ruína (perfis de ferro e inox) e nos seus corpos salientes em betão armado, rebocados e pintados a branco.
A matéria sobrante da ruína foi reutilizada no muro de transição de cotas e de funções.
O objectivo não é restituir o mais fielmente possível aquilo que a ruína fora no passado, propõem-se antes, desafiar o mito romântico das ruínas e imaginar a Arquitectura a partir delas. Criar um diálogo, aparentemente, de contraste entre o antigo e o novo, sem concessões figurativas e portanto sem cair na tentação dos mimetismos da recuperação da sua forma original.
A proposta assenta num compromisso de construir nos vazios (dentro e fora da ruína), corpos de formas elementares e abstractas, desenhando um E com três braços articulados entre si, onde se ajustam as diversas funções. Assim, temos dentro da ruína a zona destinada a Comer e a Descansar e “fora” da ruína, lateralmente e em extensão, os "braços" destinados ao Trabalho de um lado, à Recepção e Serviços do outro e no meio o Estar, numa simbiose em que o dentro está fora e o fora está dentro.
The Quinta dos Floreados is located near the Chapel of Nossa Senhora da Tocha and Pelourinho at Santo Varão, in municipality of Montemor-o-Velho.
The project was born from this ruin, reinterpreted, as material available and open to the place. The proposal is contaminated by a drive larger from ruin like morphology natural work of the terrain, which seem to be born to be together always in balance.
The walls of ruin were consolidated and the pre-existing windows frames restored, we use the traditional plasters with paint based on lime, differentiating the historic area of the new building - with lighter construction systems within the ruin (profiles of iron and stainless steel) and on their exterior bodies reinforced concrete, hauled and painted in white.
The aim is not repay what ruin was in the past, whether before, challenge the romantic myth of ruins and imagine the architecture from it. Create a dialogue apparently divergent between the old and new, without the temptation of mimicry of its original form.
Based on a commitment to build in empty (inside and outside ruin) the proposal is made of basic shapes and abstract forms in E with three arms articulated with each other, which fit each function. In this way, we have inside ruin, the area intended for eat and rest and “outside” ruin, laterally and in extension "arms" in one side for the work, in the another the reception and services and at the middle the living zone, as one symbiotic relationship where inside is out and the outside is inside.
The project was born from this ruin, reinterpreted, as material available and open to the place. The proposal is contaminated by a drive larger from ruin like morphology natural work of the terrain, which seem to be born to be together always in balance.
The walls of ruin were consolidated and the pre-existing windows frames restored, we use the traditional plasters with paint based on lime, differentiating the historic area of the new building - with lighter construction systems within the ruin (profiles of iron and stainless steel) and on their exterior bodies reinforced concrete, hauled and painted in white.
The aim is not repay what ruin was in the past, whether before, challenge the romantic myth of ruins and imagine the architecture from it. Create a dialogue apparently divergent between the old and new, without the temptation of mimicry of its original form.
Based on a commitment to build in empty (inside and outside ruin) the proposal is made of basic shapes and abstract forms in E with three arms articulated with each other, which fit each function. In this way, we have inside ruin, the area intended for eat and rest and “outside” ruin, laterally and in extension "arms" in one side for the work, in the another the reception and services and at the middle the living zone, as one symbiotic relationship where inside is out and the outside is inside.
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